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sábado, 2 de junho de 2012

O avanço da Tecnologia e sua consequente Obsolecência

Com tantos avanços tecnológicos, fica difícil ficar de fora das "modernidades" impostas pelo mercado. Sejam celures, computadores ou qualquer aparato tecnológico, muitas pessoas descartam seus antigos modelos e adquirem novos, seja porque possui algum dispositivo novo ou design moderno, por exemplo. Assim, surgem tablets, Iphones e muitos outros, onde a maioria dos consumidores nem sabem qual a sua verdadeira utilidade, só querendo consumi-los e serem pioneiros na adesão e consumo dos mesmos. 


Isso é resultado de uma cultura desprovida de educação e conscientização ambiental, resultando em consumo desenfreado e descarte de bens de forma inadequada e indevida. Uma nota sobre a morte de Steve Jobs afirmou que ele deixou projetos de novos protótipos tecnológicos para serem desenvolvidos, fabricados e vendidos pelos próximos quatro anos. Logo, teremos grande parte da população nesse círculo vicioso: compra um bem, o bem fica obsoleto para o mercado, descarta o bem obsoleto, compra um novo bem, o bem fica obsoleto para o mercado, e assim por diante.

O consumo desenfreado, resultante da obsolecência percebida (quando novos produtos são lançados no mercado, fazendo com que os anteriores pareçam "antigos" e desatualizados) e a obsolecência planejada (quando produtos parecem ter uma "data de validade", já que antes aparelhos domésticos, por exemplo, duravam muitos anos e agora duram pouco), gera uma insustentabilidade devido à rapidez com que acontece, pois se dá em um curtíssimo período de tempo, não dando chance aos ecossistemas se recuperarem e/ou se adaptarem a tanta retirada de recursos naturais e aos descartes dos "produtos obsoletos".

Outro dia vi uma frase escrita num muro e acho bastante relativa: "Não precisamos de produtos menos poluentes, precisamos é de consumir menos". Isso nos faz refletir que nós como cidadãos, devemos fazer a nossa parte e consumir produtos menos poluentes sim, mas com consciência, e não de forma desregrada, porque assim nada adiantará tanto esforço tecnológico empregado nos produtos para reduzir os impactos dos mesmos no nosso planeta. Precisamos romper antigos paradigmas que tratam o consumismo como ascensão social, que foi interiorizado na cultura das grandes cidades como forma de movimentar a máquina da geração de dinheiro para os donos de grandes empresas e seus aliados (os governantes). 

Infelizmente, a manipulação que a mídia faz ao criar no inconsciente da população que se tem a realização pessoal ou que se é mais bem aceito quando se compra novos produtos e/ou novos serviços, ajuda a piorar ainda mais a situação, ao tornar os consumidores cada vez mais compulsivos "à procura da Felicidade", gerando cada vez mais pessoas frustradas e deprimidas. O valor que é depositado nas coisas e não nas pessoas, gera essa inversão cultural proposital, extinguindo os verdadeiros valores e o real sentido da felicidade, que residem nos simples momentos, seja com a família, com os amigos, com colegas. 

Espero que este post ajude na reflexão sobre a saúde do nosso planeta, e sobre as ações que devemos tomar e evitar para torná-lo sustentável. Ainda mais com a Conferência RIO +20 que será realizada de 13 a 22 de junho deste ano, na cidade do Rio de Janeiro.

Assim, termino com uma frase muito conhecida de Gandhi: 
"Devemos ser a mudança que queremos ver!"